segunda-feira, 7 de maio de 2012

Coisas altamente improváveis e extraordinárias mas que estupidamente e realmente ocorreram no feriado e tal... Parte II


Pois tá claro, na parte II não poderia faltar o tão badalado Pingo Doce! Já passaram uns dias mas nada melhor, para agora reflectir sobre o que se passou. Em primeiro lugar realmente era uma grande oportunidade, pois o desconto era agradável, especialmente para quem tem muita gente em casa. Há que se desenrascar neste tempo de crise. Mas não é nesse aspecto no qual me vou debruçar, mas sim em tudo o que se passou à volta deste dia de motim à porta de uma cadeia de supermercados.

Em primeiro lugar, observei com os meus dois próprios olhinhos o caos existente no Cascais Villa. Quando lá cheguei, e até ia ver outra coisa, notei um mar de gente. Ainda pensei que fosse a Irina do CR que ali andasse, mas não. Pensei eu "Será rebuçados?", mas lá me lembrei que era o dia da louca promoção. Havia muita gente, as quais começavam a fazer uma filinha indiana pelo corredor junto ao dito estabelecimento. À porta era gente carregada com coisas que até doía. Até chineses havia lá! Vamos andar a comer Pingo Doce nos chineses durante uns meses, lá isso vamos!

E, como já tinha relatado anteriormente, era uma excelente oportunidade, mas surpreendam-se...ainda não tinha visto tudo! Como o Cascais Villa está ás portas da morte (a meu ver está), vamos até ao Forum Sintra que o tempo tá meio farrusco e com a gripe é melhor não arriscar. Já na saída do Forum, decidi dar uma volta pelo R/C e, meus amigos, foi aí que tudo aconteceu: pensava eu que estava às portas do Estádio da Luz para um qualquer jogo da Liga dos Campeões, mas não! Era a fila do Pingo em grande! Centenas, e centenas de pessoas (eu diria mais de mil) à porta, com Policia, Seguranças, fitas, gradeamento, e sei lá mais o quê. Ou era um jogo de futebol ou a visita do Cavaco Silva a uma escola! Das duas era uma. Mas não há duas sem três, por isso era a malta da promoção. Passar junto a essa cadeia de supermercado era o mesmo que remar contra um mar agitado, o de algum Tsunami talvez. Mas passemos às criticas construtivas e destrutivas sobre aquilo que vi em ambos os locais (e em outros que me foram contanto):

- Bens essenciais incluem cerveja aos magotes, vodka e tudo o que contenha alcool. Vi por exemplo 2 indivíduos com 3 carrinhos de cerveja, cada um com packs de 20 e tal! E como só podias levar 12 de cada, muda-se de marca! Ou têm um bar, ou então não sei, mas que a cerveja é alimento básico para esses, la isso era de certeza!

- Leite Matinal é também essencial, porque já que tá em promoção levamos, e em promoção somos todos finórios!...Yaaaa, se levasses do normal levavas ainda mais, mas tá bem!

- Acordar cedo para ir para a porta de um supermercado é bom...acordar cedo para ir trabalhar é pior...chegar antes da hora ao trabalho tá quieto! Por isso as prioridades de alguns são realmente muito boas mesmo!

E para não me alongar mais, aqui vai a última:

- A próxima vez que alguém numa urgência reclamar que tá hà 1 ou 2 horas a "secar" na sala de espera, mas que tenha estado no Pingo Doce no dia 1, ficará na mesma à espera. Porquê? Porque quem está 7 horas (sim e há quem tenha estado mais) para ir às compras pode muito bem esperar mais tempo porque nem tem de gastar 100€ para ter desconto de 50%, pois uma urgência nem chega a esse preço.

- Quem não esteve lá, tem prioridade!

Mas calma...Eles prometem mais! Desta vez, não houve mortos, pelo menos até agora. Como será no próximo? No Pingo Doce até as velhinhas ganham nova vida nesse pandemónio de compras e consumismo desalmado! Parecem milagres, largam tudo o que é andarilho, canadiana e afins, e pulam, e correm e não lhes dói nada! O Sr. J. Martins além do poder de ganhar dinheiro, e muito dinheiro, tem o de curar velhinhas! Veremos o que ocorrerá no próximo capítulo: Pingo Doce - Contra Ataca. Qualquer dia vem algum maluco como no EUA abrir caminho à base de rajadas de metralhadora, ou vem o Primeiro Ministro ou até mesmo o Presidente da República com prioridade, porque o que ganham não dá para as despesas.

Tenho dito!

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