segunda-feira, 6 de abril de 2020

#VamosFicarEmCasaMasEuNãoQueEstouCheioDeUrticáriaNoCu e outras estupidezes enquanto estamos na pandemia - Parte I


Pois bem, o que seria deste aparente regresso da crónica se não fossemos falar do que se está a passar e afecta a maioria da população. Obviamente estou a falar do COVID-19 e das mudanças drásticas que isso causou na maioria das pessoas. De repente muita coisa fechou, empregos em risco, empresas em risco, etc. etc. E de facto é uma situação em que não devíamos estar a brincar. A situação é séria e infelizmente inicialmente ninguém ligou muito e quando vimos que isto de facto era sério, alguns não ligaram mesmo nada.

Por isso, e para elucidar os seguidores da Crónica, quem disse que isto era só uma gripezinha epá é...e dizendo isto de forma suave...meio asno! Meio? Porquê? Porque não sabíamos bem o que era o COVID e aparentava ser da família dos virus da gripe. Por isso ainda se dá aquela desculpa do desconhecimento inicial. Agora passado algum tempo ainda ouvimos indivíduos com o mesmo discurso, e alguns em posições em que não o deveriam dizer. Por isso fica aqui para quem ainda não percebeu: isto não é só uma gripe, isto é pior que um gripe, aparenta não matar mais mas não há cura, nem vacina, nem um medicamento especifico. Pronto estamos alinhados? Boa!

Antigamente um gajo tinha uma falha de uma madeira que estava a cortar, 2 dias depois tinha a mão gangrenada e ao 5º dia já estava na missa do 7º. Porquê? Não havia medicamento/vacinas/curas. Hoje em dia não morremos disso. Mas podemos morrer de estupidez! Porquê? Não há vacina, nem cura nem forma de evitar, e o isolamento social também não vai ajudar nesse caso. Por isso mais uma nota: a ideia de estarmos em casa é não rebentar com o SNS, porque se muitos precisarem de cuidados intensivos, aí sim é que dá borrada! Vêem o caso dos italianos? Pois eu ouvi em primeira mão, de italianos, que não era nada, era uns exagerados...pois..video 2ª linha do 2º parágrafo...asno já em 3/4.

Então chegamos ao recolhimento obrigatório e pandemia geral. Estamos cá! E chegou a Portugal (recomendo que vejam o video do Batáguas com uma cronologia mais detalhada [https://www.youtube.com/watch?v=BQwlqYC34ws]). E chegou o isolamento social!

E agora entramos a sério na parte I: isolamento social! O que quer dizer? Isolar-se, socialmente, acho que é óbvio. Então o que decide uma parte da sociedade, chamemos carneirada, fazer? Sair, descobrir, ter uma forte vontade de ir à praia de Carcavelos ou Caparica, explorar esses ICs e autoestradas remotas. Que bom! Sim, Portugal é um país muita merdoso em termos de tempo, nunca temos verão, parece que estamos na Escandinávia em que temos 8 meses de noite e 4 de dia, e mesmo assim manhoso...então temos de aproveitar agora!

Ah vamos fechar universidades? Praia! Ah vamos fechar escolas? Centro comerciais e praia! Depois, ainda se vai ouvindo que a juventude é o futuro da humanidade...pois! Isto não me parece bom agoiro! Acho que já tinha falado nisto para aí em 2013...e não melhorou! Mas pronto essa geração já a dava como perdida, por isso, nada de novo! Se de facto fosse: olha andaste na festa, apanhas-te COVID, vais tar 5 dias a fazer fininho e depois bates a "cossoleta" sem fazer mal a ninguém, epá siga, seleção natural. O problema é quando podemos afectar o grupo que vamos falar a seguir:

O grupo mais falado e de maior risco: os idosos. E aí é que o problema começa. Eu entendo a questão do isolamento ser difícil, alguns estão sozinhos à muito tempo e sair à rua era uma distracção. Mas quando muitas JF têm programas para isso, e acompanham, o que é de louvar, alguns não querem saber! Resumindo o que já se viu na TV:

  • Senhoras que eram para morrer com 1 mês de idade, e têm 70 e tal e nunca tiveram gripe, então COVID não é com elas
  • O velhote que vai ao pingo doce com um penso higiénico colado na cara porque protege! (só se for de hemorragias nasais ou gengivas!!!)
  • A sra. em Braga que reclama com a PSP e os trata mal
  • O velho que sai de casa para comprar 50g de fiambre só porque sim
  • A sra. que vai ao cabeleireiro porque tem de estar arranjada em casa e depois vem o autarca italiano dizer que os funerais são com o caixão fechado e que ninguém vai ver o penteado (isto é real! Não fui eu que inventei)
E muitos mais haveriam de existir. Entendo, é difícil, mas qual a parte de grupo de risco é que não entenderam? Depois quando ficam doentes reclama-se do SNS...como se fossem os milagreiros. Assim torna-se difícil e depois mais tempo vamos ficar em casa...Muitos deles passaram por guerras, fome, dificuldades, ditaduras, etc., mas esquecem que nessa altura era mais novos, tinham mais saúde e mais vigor, e que agora já não o têm. Não é fácil, acredito!

Por isso, e esta crónica é na realidade um alerta para quem a lê de que se conhecem alguém mais idoso e que pode estar nesta situação. Mantenham o contacto, ajudemos no que for preciso mas uma coisa é certa: não nos colocar em risco, quando no final simplesmente não querem ouvir.

Esta é uma parte mais séria, mas outras virão para mostrar que daqui à pano para mangas!

Tenho dito!

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